Os olhos escondem coisas, coisas das quais preferimos esquecer, mas que insistem em vir a tona entre os cílios. Às vezes é difícil encarar olhos estranho, suas linhas são agressivas e suas cores são quase sentidas no ar, por isso evito avaliá-los. Exceto aqueles, que mesmo agressivo, mantêm um brilho hipnotizante, algo que eu ainda não entendo. Esses eu observo, sem medo e sem vergonha.
Para alguma coisa a aula de inglês serviu hoje, serviu para plantar uma imagem imaginada/lembrança na minha mente...
“De olhos fechados eu sentia o som suave das ondas agindo sobre meus músculos e a areia fina massageando meus pés. A luz morna do por do sol acariciava minha pele e eu estava completo, não feliz, mas completo. Eu sentia a minha plenitude (o que parecia idiota para um mero adolescente). Abri os olhos e contemplei a faixa laranja no horizonte e a imensidão do mar ondulante, eu via areia limpa e sem rastros nas duas direções, sorri para mim mesmo e despertei para a minha realidade.”
Ao contrario do que essa lembrança poderia parecer, não era essa tranqüilidade que eu estava vivendo e meu quarto refletia isso. As vezes eu via o meu quarto como a personificação da minha mente, e hoje foi umas dessas vezes. Arrumar o meu quarto me ajuda a ver as coisas com mais clareza, então eu o arrumei, e me senti melhor por isso.
Uma coisa que percebi escrevendo sobre mim mesmo: Eu sou Idiota.
Boa noite.
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