segunda-feira, 26 de julho de 2010

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A lua iluminará você, não importa onde estiver. A noite será nossa morada eterna até que o sol rompa as barreiras da natureza.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

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Direi que não me importo ainda que me importe e pensarei que sim mesmo que não adimita.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Noites de Inverno – Estamos todos Bem (6)

Estamos todos Bem 

Acordei atordoado e sem saber exatamente onde estava, só conseguir ver que o branco dominava boa parte do ambiente pela minha vista ainda embaçada. Forçando um pouco a vista e tenta me lembrar do que havia o corrido. Um rosto emoldurado por longos cabelos ondulados se debruçou sobre mim e pude ver, ainda que com a vista embaçada, um sorriso se abrir em seu rosto. Era Duda.



Tentei sentar na cama, mas sua mão empurrou meu peito delicadamente de volta para o encosto da cama, ainda sorrindo. Aos poucos consegui focar o lugar branco aonde eu me encontrava e me deparei com um quarto de hospital.


Particularmente eu não gostava de hospitais, eram lugares que me passavam uma idéia de morte, mesmo que eu nunca tenha tido a experiência de ter algum parece que tivesse morrido internado em algum hospital. A expressão de pessoas aflitas sentadas em cadeiras de espera, com semblantes fechados de preocupação e angustia me remetia a pensamentos de morte e perda. Concluindo, não era um local que eu gostava.


Duda continuava a me olhar, em pé do lado esquerdo da cama. Agora eu via seu rosto claramente. Olheiras se mostravam fortes abaixo de seus olhos, mas mesmo assim sua beleza ainda era estonteante.


– O que aconteceu? – Perguntei atordoado.


– Você teve uma parada Cardiorrespiratória, mas eu e o Leco chegamos a tempo – Respondeu ela com o ar aliviado.


– Parada cardio o que? – Perguntei confuso, eu só me lembrava de estar deitado no sofá do apartamento e depois de ter acordado ali.


– Não precisa pensar nisso agora, só descanse – Disse ela me olhando fixamente e eu não pude deixa de confiar naqueles olhos.


Fiquei em observação pelo final de semana, os médicos sabiam o que havia ocorrido, só não sabiam explicar por que. Eu era um homem comum e saudável, colesterol regulado e nenhuma anormalidade cardíaca, mas mesmo assim, isso não me impediu de ter uma parada cardíaca. Resolvi não ficar pensando naquilo, mas pensar que meu coração havia simplesmente parado sem razão aparente me assustava.


No Domingo à tarde eu estava de Volta ao apartamento. Leco havia voltado enquanto Duda havia ficado no hospital comigo. Leco não havia falado muito comigo desde o ocorrido de quinta feira, ele estava distante e disperso, estava presente e distante ao mesmo tempo. Ao contrário dele, Duda me acompanhava pelos corredores do hospital e depois pelo apartamento como uma sombra, disposta a conversar sobre tudo.


Uma semana se Passou com esse clima e a cada dia eu começava a me perguntar o que realmente havia acontecido com os dois durantes as horas que passei desacordado. As coisas andam meio pesadas desde o fim de meu romance com Duda e o inicio do dela com Leco. Eu não me sentia sobrando e muito menos desconfortável perto dos dois, mas aparentemente os dois se sentiam.


Em meu quarto à noite, eu podia ouvi-los falar alguma coisa, conseguia distinguir pouco coisa além do meu nome, então era difícil entender que diziam. O que me deixava ainda mais apreensivo. E cochilava entre pensamentos e duvidas até a fraca luz do sol da manhã que passava pelas frestas da janela me acordar, ou no caso daquele sábado de janeiro, um estranho sonho.


Eu caminhava por uma avenida larga cercada por prédios em total ruína que me lembravam filmes de ficção cientifica pós apocalíptica, de alguns prédios restava somente as estruturas, outros tinha boa parte a fachada faltando. A grande avenida encontrava-se totalmente deserta e uma luz acinzentada se decaía sobre toda à vista.


Andei pela Avenida que parecia Infinita pelo o que pareciam ser horas se encontrar nenhuma esquina ou rua de acesso, somente aquela avenida podia ser vista se estendendo em direção ao horizonte como uma grande serpente cinza.


Avistei um homem ao longe, saindo de dos prédios em ruínas, escalando os escombros para tentar chegar a Avenida. Corri em direção a ele, feliz por finalmente encontrar uma alma viva naquela imensidão vazia. O homem vestia um terno azul escuro, que se não me enganava era semelhante aos usados nos anos 50, complementando com um chapéu também comum da época. Aproximei-me e perguntei:


– Senhor – Chamei – O Senhor Sabe onde Estamos?


O homem não em respondeu, enquanto descia um grande bloco de concreto que aparentava ter caído do prédio que se estendia acima de nós. O homem desceu a pedra e caminhou em minha direção e percebi que era Leco, mas algo em seu olhar não parecia aquele que eu conhecia. Seu olhar demonstrava raiva de desprezo. Ele se Aproximou e Murmurou entre dentes.


– Vai embora. Você incomoda. Ninguém o quer aqui por perto.


Ele avançou em minha direção com raiva, como se fosse me bater. Eu desviei e corri para a avenida onde vários outros Lecos e mulher também apareciam, surgindo de dentro das construções e saindo pelos buracos nas fachadas. Como os estranhos Lecos, as mulheres também usavam vestidos dos anos 50 e para minha surpresa e terror, era todas Dudas.


Dudas e Lecos se juntavam em pares e vinham andando a passos rápidos na mesma direção, a contrária a minha e murmuravam entre dentes as mesmas palavras do primeiro Leco:


– Vai embora. Você incomoda. Ninguém o quer aqui por perto.


Corri, esbarrando em Lecos e Dudas de braços dados e semblantes serrados. A cada passada meu pânico aumentava e o ar começava a faltar em meus pulmões Juno com minhas pernas que relutavam em continuar em movimento.


Corri até parar no fim do horizonte, onde um grande precipício enevoado se abria a minha frente e nenhuma terra podia ser vista do outro lado da névoa. Olhei para baixo, a poucos centímetros do buraco e senti duas mãos, que carregavam o peso de várias, me empurrarem para o precipício.


Eu caí em grande velocidade, e o ar fazia uma força dolorida sobre o meu corpo, como se me batesse e eu caí girando em torno da minha cintura em direção ao fundo.


Acordei assustado, sentando na cama e passando a mão sobre a minha testa úmida. Respirei fundo para me conscientizar deque foi só um sonho ruim e me levantei da cama. Fui até a cozinha com os pés descalços no chão fresco, bebi um copo de água e fui para a sala. Parei em pé por alguns segundos e me senti tentado a ir para a varanda. Abrir a porta de vidro e me debrucei me lembrando do precipício do sonho.


Deveriam ser umas 7 da manhã e o sol começava a nascer graças ao horário de verão. Contemplei a cidade que começava a acordar abaixo e a paisagem linda formada pelas formas das sobras formadas pela luz do sol, quando batia nos prédios e a sombra de um subjugava a luz do próximo e assim sucessivamente, como em uma luta silenciosa.


Ouvi a Porta do quarto se abrir e passos leves vinham para a sala. Duda apareceu no cômodo, com os cabelos mais volumosos trajando uma camiseta de tamanho GG que lhe ficava imensamente maior, estava linda e com cara de sono.


– Boa Madrugada – Disse ela, com a voz ainda um pouco embargada – O que faz essa hora acordado?


– Boa. Tive um pesadelo – Respondi.


– Então não é tão boa assim – Ela disse emendando uma risada abafada.


– Posso te perguntar uma coisa? – Perguntei já fazendo uma pergunta.


– Sabe que pode.


– Por que o Leco “” daquele jeito comigo?


Ela fitou o horizonte e suspirou, ela sabia, e agora eu sabia que ela sabia.


– Ele se preocupa muito com você. – Disse ela ainda fitando o horizonte – E eu também.


– Não entendo.


– O que você menos gosta em hospitais? – Ela perguntou. Não entendi a pergunta, mas respondi assim mesmo.


– As pessoas aflitas nas salas de espera.


– Pois então. Na quinta feira retrasada, ele era uma dessas pessoas.


Eu era um pouco incapaz de pensar que pessoas se importavam tanto assim comigo, eu julgava uma pretensão idiota minha e que não tinha o direito de achar que as pessoas gostavam de mim tanto quanto eu gostava delas, só esperava pode continuar em suas vidas.


– É estranho pensar nisso, mas conversamos ontem à noite, e o que nós sentimos por você na ultima semana foi parecido com o que os pais sentiriam por um filho – Ela completou.


Eu começava a perceber a reciprocidade desse triangulo emocional de hipotenusa mutável. E agora, com os catetos em seus devidos lugares, começávamos a nos equilibrar. Ao final de Todas as turbulências dos últimos meses, discussões mentais, sentimentos de culpa e remorso e um final que por pouco não acabou em cemitério, estavam todos Bem.


Passos pesados vieram do corredor e Leco apareceu com os olhos meio fechados, meio abertos, com o cabelo despenteado e o rosto inchado.


– O que fazem acordados a Essa hora Meu? – Disse ele indignado.


– O que fazemos Duda? – Perguntei a ela, sonso.


– Estamos... – Ela fez uma pausa para pensar – Ficando bem – Respondeu ao final. Ela sorriu e foi até o namorado e o beijo docemente nos lábios e eu observei, sorrindo. “Meus pais” pensei, rindo comigo mesmo.


– Vem cá – Disse Duda, estendendo o braço livre enquanto o outro repousava no ombro de Leco.


Em fui em direção a eles e os dois me abraçaram enquanto eu afagava meu rosto no cabelo de Duda.


– Mais uma coisa – Disse ela levantando o indicador – Para de me chamar de Duda, meu nome é Verônica estamos entendidos?


– Sim senhora Verônica Dudestein – Respondi feliz.


Estávamos todos bem, afinal de contas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Disse Clark ...

— Por tudo que vivemos, e tudo que Ainda podemos viver. Pegue minha mão — Disse Clark, Com os olhos focados no rosto de Elisa.


As palavras dele soaram estranhas na mente dela e ela se limitou a balançar a cabeça, Confusa. Elisa hesitou alguns passos e Clarck segurou firme seu braço. Seus olhos, que agora brilhavam em um tom lilás a hipnotizavam.

Sem responder, ela Cedeu e ele a puxou para perto de seu peito e os dois Pularam da cobertura para a Queda mortal...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Eclipse

O terceiro filme da Saga Crepúsculo veio pra trazer um pouco de alívio para aqueles que se contorciam e cóleras com a adaptação dos livros que era insuficiente e apelativa. Não que o eclipse não seja apelativo (muito pelo contrario), mas o filme vem com um sentido um pouco mais sério e amadurecido de uma produção que já tem 3 Anos consecutivos de sucesso (um pouco desmerecido já que a produção dos dois primeiros filmes ... sem comentários).


O que torna os filmes da saga patéticos, digamos assim , são os fãs . Fãs clichês da saga, um pessoal escandaloso, imaturo, que julga crepúsculo o melhor livro e melhor filme do mundo (a, por favor, isso já é de mais) e entopem as salas de cinema para gritar toda vez que um lobo sem camisa aparece (Aí uma parte apelativa) e fazer algazarra.

Em relação aos outros filmes, algo que eu achei que fora bem encaixado, foi a trilha sonora, Algo que se repete nesse terceiro filme. A trilha sonora que surge em momento oportuno e inunda o ar da cena, atenuando o sentimento passado foi muito bem utilizado em todas as cenas do filme.

Algo que achei interessante nesse terceiro filme foi a maior exploração das posições de câmera e um pouco uso da ação para dar desenvolvimento à trama, mantendo o espectador mais atento a o que ocorre na tela (diferente dos outros dois filmes , dos quais o desenvolvimento era disperso , tendo momentos que levava o espectador quase a cochilos de tão chatos e sem graça) .

Ao todos o filme surpreende em comparação à baixa qualidade dos outros da saga. Nota 7.

Se for Amor que o Mundo Precisa

Se for amor que o mundo precisa, se é um pouco mais de compaixão, um pouco mais de compromisso, um pouco mais de tolerância...



Pessoas andam na rua se sentindo desprotegidas, desprotegidas porque estão sozinhas, mesmo estando entre uma multidão. A hipocrisia e o descompromisso com uma sociedade tem se tornado cada vez maior e tudo que as pessoas fazem e desligar a TV e irem dormir tranquilas, afinal “O problema não é meu”, afinal o problema não é de ninguém se todos pensarem assim.


A Droga do problema é responsabilidade de todos, não adianta se um ou outro tentarem fazer o trabalho e todo mundo deveria fazer, não adianta.


Comece a pensar no conceito de uma colméia onde cada abelha trabalha somente para si mesma. A colméia morre.


Não digo que devemos sair por aí distribuindo flores, mas pelo menos pensar um pouco nos que estão a sua volta e não somente no seu umbigo.


Sejamos solidários, um sorriso já seria o suficiente. A vida já é tão estressante, então pra que tornar isso pior.


Se for de amor que o mundo precisa, então Dê amor para ele.

Pelo simples Fato de Chover

Eu chovo               
Tu choves
Ele chove
Nós chovemos
Vós choveis
Eles chovem ...

Chovem pelo Simples fato de Chover ...

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Janela da Alma

A chuva cai
Gelada,
Enquanto eu,
Escondido no meu quarto,
Observo-a cair
Pela janela.

Vidro é frio,
Como a água
Mas eu não sinto a água,
Somente o vidro
Que transparece
O nublado através dele próprio.


A luz acinzentada
Que entra pelo vidro
Transparece,
O frio que faz lá fora.
A temperatura aqui é confortável
Mas eu não a sinto (Neutro).


A paisagem é bicolor
Exceto pelas folhas da árvore
Que verdes
Tornam a cena viva.
Viva como a minha alma
Que mesmo escondida
Ainda respira.