quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo


Ano novo é uma época em que pensamos , e realmente vemos tudo o que fizemos de realmente importante no ano que se acaba , tudo que fizemos de bom e de ruim , todos os momentos em que nos fazem sorrir e que nos mostram que a vida é bela , e todos os momentos em que nos decaímos sobre nossos medos e problemas e deixamos que a tristeza invada nossas almas .

Nesse quesito lembramos que em todos esse momentos tivemos o amparo de pessoas queridas , amigos , parentes ... e que sob a luz dos sorrisos deles , pudemos nos levantar e ver novamente como a vida é bela .


São nesses pequenos momentos que podemos ver o quanto essas pessoas são importantes para nós e que tudo o que fazemos e conquistamos é motivos de felicidade para elas do mesmo jeito que as suas conquistas são motivo de felicidade para nós .

Também é nessa época de passagem de ano , que fazemos promessas como : estudar mais , fazer um regime , economizar para comprar alguma coisa (uma casa , um carro talvez) , realizar façanhas , mudar o corte de cabelo , se esforçar mais e algo , conseguir uma promoção no emprego ou um aumento de salário e por aí vai ...

Mas a maioria dessas promessas (vamos admitir) não são totalmente cumpridas , sempre deixamos algo passar , sem deixamos o regime para a próxima segunda (rsrsrsrsrs) e assim continuamos vivendo . Mas o principal objetivo sobre essas promessas não são realmente cumpri-las , mas sim o renovamento . A esperança (e sim a ESPERANÇA) é o que nos move , a esperança de poder começar de novo e fazer diferente sempre , apagando tudo de ruim e iniciar um novo ciclo , um novo ano .

Essa renovação de esperança é o enche as ruas a meia noite numa corrente de FELIZ ANO NOVO a todos que encontramos na rua , que nos faz nos reunirmos com nossos amigos e parentes e celebrar , pois algo novo e que promete ser esplêndido está começando .


O momento é esse de abrir as portas da alma e deixar toda essa energia positiva entrar .

O momento é esse para deixar a luz dos fogos e artifício iluminar nossos coração e espantar tudo que há de ruim com o barulho das explosões .

E é com esse espírito e paz , amor e felicidade que desejo a todos vocês um ótimo ANO NOVO .


Até o ano que vem cambada

sábado, 19 de dezembro de 2009

Um Bom Começo

Seline andou levemente pela rua como se nada fosse real , ela estava flutuando em seu mundinho , onde nada e nem ninguém poderia afeta-la .



Todos a olhavam com olhares apreensivos , ou até olhares com raiva , mas ela não se importava . Andava com seus vestido azul e suas sapatilhas amarelas ... suas pequenas sapatilhas amarelas .


Pedro corria em sua rotina desesperada , com suas roupas pretas e sua bolsa preta . Ninguém o notava , pois eram todos iguais a eles , eram todos negros engravatados . Não que fosse negros de cor , mas suas roupas e suas almas eram .


Ele não sabia realmente o que aquilo importava , mas ele só fazia o que a sociedade lhe manda subliminarmente .


Pedro virou a esquina .


Seline virou a esquina .

A trombada foi inevitável e o mundinho dos dois jamais seria o mesmo .

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

2012

- 2012 é um filme que vai além das expectativas . Se tudo que eu senti durante a sessão pudesse ser explicado em palavras ficaríamos aqui a noite toda . Um filme de ficção cientifica catástrofe nem precisa de uma história muito bem elaborada , mas nisso o filme já surpreende pois a história é muito bem fundada e com bases reais ( sei pois antes de assistir o filme pesquisei sobre várias teoria , acreditem , são várias , não só a dos maias) . Os efeitos especiais , bem , acho que deles não preciso nem falar , afinal é por eles que 2012 é um dos filmes mais esperados do ano e faz você ter arrepios na cadeira do cinema em ver o mundo se acabando literalmente . Os efeitos de terremotos , demolições , vulcões , tsunamis fazem pessoas suspirarem e viciados em ficções científicas (como eu) aplaudirem e pedirem bis . A atuação dos atores é algo surreal contando que quase todo o filme é rodado com fundo verde , é preciso muito talento (ou cara de pau) pra fazer uma atuação como aquela . Vi muita gente reclamando do filme por causa dos draminhas de família , e pensei em uma coisa : Sem os draminhas de Família , o que seria dos filmes de catástrofes ? Creio que muitos aqui já assistir “O Dia Depois de amanhã” ( que é do mesmo produtor de 2012) e viram que o filme é feito de um drama de família também . Se formos parar pra pensar , todo filme catástrofe tem um drama de família que todo mundo reclama e acha besta , mas senão fosse o drama de família os filmes catástrofe seriam somente um monte de gente morrendo , não teria roteiro e não precisaria de atores bons para fazer isso , era só colocar um monte de figurantes gritando e pronto , teríamos um filme . Não é isso que eu quero e acho que muitos aqui também não querem , eu quero ver meus atores preferidos tentando salvar a mulher da qual é divorciada e os filmes (e no caso até o atual marido da ex mulher) como por exemplo do filme “Guerra dos Mundos” . As partes cômicas do filme dão um clímax mais leve a situação de desespero da raça humana e dá ate´pra rir bastante do filme com a companhia certa . Sobre a questão do fim do filme , achei um pouco parada , mas foi totalmente satisfatória depois do incrível filme que se passa antes . Contundo digo que 2012 , daqui a pra frente é a “Bíblia” da Ficção Científica de Catástrofe daqui em diante . E que merece não nota 10 , ma sim nota 12 . Assistam , Filme simplesmente INCRÍVEL E IMPERDÍVEL !

sábado, 7 de novembro de 2009

- Transformers A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen)

Transformers 2 , A vingança dos Derrotados é a continuação de Transformers (como todo mundo sabe) que conta com ótimos recursos e efeitos especiais . O filme chega a ficar enjoativo de tanta ação e acredite , isso é bom . A trilha sonora do filme é incrível e conta com ótimos artistas como Green Day , Nickleback e Linkin Park e é feita na medida certa para o filme , está sempre presente mas sem comprometer diálogos . O Elenco , praticamente igual ao do primeiro filme ainda conta com Shia Labeouf , Megan Fox , Josh Duhamel e John Torturro , foi bem aproveitado e as atuações foram boas . Como disse anteriormente , os efeitos do filmes são incomparáveis , incríveis e maravilhosos . A única coisa que diminui a nota do filme é o fato de que , depois de tanta ação no final , agente espera que no final seja uma grande ação e não é isso que acontece na verdade , o final segue a linha do resto do filme (o que já deve ter dado um trabalhão pra fazer) mas todo mundo espera um clímax maior no final né . Enfim , o filme é ótimo , nota 9,0 . Assistam , vale a pena .

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sono sem Sonhos

Deito a cabeça em meu travesseiro macio

e pisco meus olhos .
A serenidade relaxa meu corpo
mas não a minha alma .
Fechou meus olhos
e em alguns segundos caiu
em uma terra desconhecida .
Não tenho certeza se estou caindo
no preto ou no branco ,
mas poderia ser algo do gênero .
As coisas nessa terra desconhecida
são incríveis e inacreditáveis ,
tão inacreditáveis e belas que
são invisíveis aos meus olhos simplórios e
extremamente humanos e cheios de mais
com seus próprios sofrimentos
para ver a beleza que há em volta .
Relógios , também invisíveis ,
marcam o meu curto tempo em que
posso permaneces nessa terra incrível
da qual eu nada posso ver .
O que é isso eu me pergunto ?
É o meu subconsciente ...
Sonhos posso até ter ,
mas deles , não me lembraria
nem se quisesse .
Então , o que me resta a usar a imaginação ,
e pintar essa tela branca ,
ou eventualmente preta ,
em algo colorido sob minha visão

Palavras de um amigo !!!

                Um Amigo escreveu e eu precisava dividir ...


" Sou alguém que aprendi que ás vezes é necessário
que você sofra para amadurecer,
que chore para dar valor e que se iluda para abrir os olhos...
aprendi a ver a vida do meu jeito, aprendi a ver
quem são as pessoas que me fazem bem, as que
a fazem mal, e as que não fazem simplesmente nada.
aprendi que o que realmente vale a pena é o momento vivido,
que depois, ele pode não ter a mesma intensidade. aprendi a
continuar de cabeça erguida, a lutar pelas coisas que acredito e a
chorar pelas coisas que perdi. aprendi a ver que
há certas coisas na vida que o tempo não apaga,
mas que outras, por mais que demore, ele apaga sim,
aprendi que não pode exigir o amor de ninguém, apenas
dar boas razões para que gostem e ter paciência,
para que a vida faça o resto ,aprendi a ouvir e elogios,
a criticar e elogiar, aprendi a seguir meu coração,
antes de seguir qualquer outra coisa "

Sinto Falta

Sinto Falta do abraço não dado
da caricia não sentida
do beijo não trocado
e da vida não vivida


Sinto falta das palavras não ditas
dos olhares desfocados
dos textos não escritos
dos olhos tão chocados


Sinto falta da brisa não soprada
da história não lida
da música não cantada
e da vida não vivida

Sinto Falta da lágrima não chorada
da flor não colhida
da alma perdida
e o medo , da vida não vivida



Noites de inverno - Vela de natal (5)

Vela de Natal

O clima de festa estava estampado no rosto das pessoas e em todos os outros lugares . Pisca-Pisca era o que mais se via pela rua , enrolados nas árvores , nas janelas , mas portas , nos outdoors e em tudo mais que se possa imaginar . Pequenos “Papais Noies” do tamanho de duendes ficaram pendurados nos batentes das portas e no teto como mini monstrinhos de olhando de todos os cantos . Guirlandas , neve de mentira (como se já não bastasse o leve frio fora de época que fazia) e todo aquele vermelho e verde estava me dando enjoo . Por que tudo no natal tinha que ser tão meloso ?



A sensação de estar servindo de vela para todos na rua agora se agravara de uma forma que eu não esperava , os casais pipocavam em todas as praças e esquinas que eu costumava frequentar eu estava começando a ficar sem lugares para ir . O clima de romance em casa estava fazendo o ar cheirar a rosas , e ficar de vela de Leco e Duda era mais difícil pra mim do que ficar de vela de estranhos .


Eu ficava sentando em um banco de uma praça próxima ao prédio do apartamento , normalmente lendo ou somente olhando as pessoas passarem . Isso estava se tornando (mais um) habito que não me fazia muito bem . Tudo aprecia se tornar insuportável e agressivo para mim , alí não parecia mais ser o meu lugar , mas se alí não era , afinal qual seria ?


O modo como eu e Duda terminamos foi tão brusco e abrupto que as vezes nem eu acredito , foi como Leco disse “foi besteira minha , um alto sacrifício que não era necessário” , “Você deveria se importar menos com os outros e um pouco mais com você mesmo” era o que ele sempre me dizia , eu não sabia porque , mas um nunca acreditei que isso daria certo .


Depois que Duda voltou de Londres algo mudou entre nos dois , não era mais a mesma coisa . Ela se comportava diferente , estava mais fria e menos sorridente . Não nos comportávamos mais como namorados , era mais como uma amizade colorida ou algo do gênero , éramos amigos acima de tudo e isso por um lado não me agradava muito .


Vi Leco se tornar mais arredio com ela , falava menos , a abraçava menos e o ar entre nós três se tornou mais pesado , haviam intenções escondidas alí e isso estava me excluindo .


Aquilo não só estava nos deixando tristes individualmente mas também estava nos separando e isso eu não poderia suportar .


O que eu deveria fazer se tornou muito claro a três meses ...


Era meu aniversário , não era uma data muito fácil pra mim, eu costumava pensar muito (muito mais do que o normal) nos dias que antecediam e os sucessores o dia do meu aniversário , algo que eu não podia explicar . Era como uma reflexão que vinha como uma forma de me melhorar como pessoa (mas mesmo assim ano após ano eu continuava o mesmo inútil inseguro de sempre) e meu relacionamento com o mundo . A situação entre Leco , Duda e eu estava ficando insuportável e suspeitava de que Leco estava planejando se mudar do apartamento , isso eu não poderia suportar .


Eu estava cansado naquela noite e fui para o quarto tentar dormir um pouco , minha cabeça pulsava em pensamento e eu precisava fazer alguma coisa . Alí , no escuro enrolados nos cobertores eu ouvia somente o som da tevê e os sons do atrito de meus pensamentos correndo pelo meu cérebro . Eu estava de mãos atadas e não fazia idéia de como fazer aquela situação se reverter , eu não entendia o que estava acontecendo com Leco , nem com Duda e muito menos comigo , parecíamos três estranhos morando na mesma casa .


A tevê ficou mais baixa e eu pode ouvir sussurros entre a sala e a cozinha , não poderia ser o que eu estava pensando , não , era tudo que eu mais temia . Duda e Leco estavam discutindo , isso era mais do que eu podia suportar . Meu coração bambeava forte , e eu tinha que fazer algo , me levantei da cama e me aproximei da porta , a abri com cuidado e observei e ouvi a discussão por uma fresta da porta , ouvi por um tempo e alí me mantive parado , de choque .


— Se é isso que interfere eu termino com ele — Disse Duda , ela parecia desesperada e aflita .


— Ele é meu amigo , eu não seria tão egoísta a esse ponto — Disse leco , havia raiva em sua voz .


— Não é questão de egoísmo Leco — Disse Duda , ela estava prendendo o choro — Não vou repetir isso , eu estou em sentindo mal com esse triangulo .


— Triangulo que só existe na sua cabeça .


— Seu Cretino — Disse Duda , agora as lágrimas rolavam por seu rosto de uma incrível beleza melancólica — Não acredito que está fazendo isso comigo , ele é capaz de entender .


— Ele já tem que entender coisas de mais — Leco estava frio , e parecia se afastar um pouco no sofá a cada vez que Duda dava um paço .


— Eu sei que você também quer , e o Vico é o cara mais compreensivo que eu já conheci .


— Então porque não fica com ele ? Ele te ama — respondeu Leco levantando a voz .


— Não como antes , não é mais a mesma coisa . Não é como o que eu sinto por você — disse ela , com a voz apertada na garganta e o rosto molhado .


Leco se levantou bruscamente e segurou Duda pelos ombros e a olhou fundo nos olhos — Leco , por favor — suplicou Duda , e tudo ficou muito claro e ao mesmo tempo muito embaralhado na minha mente enquanto os dois se beijavam . Era um beijo quente , e o sentimento era tamanho que eu podia sentir ele no ar .


Fechei a porta e me joguei na cama , enfiando minha cabeça no travesseiro enquanto as lágrimas saíam dos meus olhos sem que eu entendesse porque , e chorei até que o sono me tomou naquela noite , mas alguma coisa ainda tinha que ser feita .


Na manhã seguinte Leco acordou cedo e foi em um seminário so estágio para o quela foi designado e eu fiquei sozinho em casa com Duda , e era o momento certo para o que eu estava planejando . Eu não fazia idéia de como começar , mas eu precisava fazer alguma coisa .


— Duda .


— Sim Vico — Disse ela , seus olhos estavam um pouco inchados , provavelmente por causa do choro .


— Não faço idéia de como dizer isso — eu disse , o nó na minha garganta começava a apertar — mas qual seria o termo ? Termina ?


— Você quer terminar comigo ? — Perguntou ela , parecia triste , mas eu podia sentir o alivio na voz dela .


— Sim — Olhou para ela com o olhar vacilante , não tinha certeza da reação dela . Ela ficou muito séria , se levantou do sofá , pegou o casaco e a bolsa e saiu sem dizer aonde ia . Não pensei em perguntar ou segui-la na hora , mas depois fiquei preocupado com o que ela iria fazer .


Fiquei o resto da tarde sentado no sofá , primeiro tentei ler , mas a história era muito vazia para mim . Liguei a tevê , mas a informações daquela caixa preta com uma tela de vidro resvalavam por minha mente sem deixar vestígios , a desliguei . Me debrucei sobre a varanda do 7º andar , imaginando como seria a queda até lá em baixo , mas não conseguia pensar , a altura me deixava tonto , sempre tive medo de altura , mas naquela hora tive vontade de desafia-la . Retirei esse pensamentos da minha cabeça com mais facilidade do que apareceram .


A maioria dos prédios à minha vista eram acinzentados ou brancos com a tinta gasta tornando-os pretos ou em um tom de cinza muito escuro . Os coloridos eram como pontos de chocolate no meio de muito leite e até que era fácil contar . 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 ... os números vazavam pro minha mente , mas ficavam cravados , parecia uma forma de me concentrar , então continuei contando até que Leco entrou e veio até a varanda . Para ao meu lado eu podia sentir o clima pesado que latejava por suas veias , não seria uma conversa fácil , mas era necessária .


— Foi Infantil o que você fez — Disse ele olhando para baixo , ele parecia ter as mesmas intenções que eu quando olhei para baixo a alguns minutos atrás .


— Errado — disse , tentando não perder a conta de quantos prédios já havia contado — , foi muito maduro da minha parte .


— Foi idiotice , um auto-sacrifício que não era necessário .


— É claro que era necessário Leco , — eu não me importava mais com os números , agora as lágrimas estavam novamente enchendo minhas pálpebras e eu precisava manter o controle de mim mesmo — Era necessário para manter o clima estável aqui dentro , Duda estava quase indo embora .


— É , mais agora o clima vai ficar pesado dentro de você Vico , você não precisa sugar o clima todo e lutar contra ele sozinho — ele estava triste também , mas ele tentava passar o máximo de esperança que tinha para mim e nesse momento eu não gostaria de ser tão sensitivo .


Ser sensitivo nem sempre era bom , e agora eu sabia disso , pensar que eu precisava do resto da esperança de um amigo para continuar vivendo em paz me fazia muito mal . Fazia eu em sentir um peso , um inútil e indesejável por qualquer outro ser humano .


— Leco , para você me ajudar , primeiro eu preciso “ME” ajudar — coloquei ênfase no “me” , era algo que eu realmente precisava fazer sozinho , pelo menos no começo .


Saí naquele dia eram 17:30h e quando voltei , Leco e Duda estavam afoitos e alvoroçados .


— Pra que isso tudo ? — perguntei sem entender .


— Você sabe que horas são Vico ? — Perguntou Duda aquento me abraçava tão forte que machucava minhas costelas . Realmente eu não fazia idéia de que horas eram .


Olhei pela janela da varanda e uma faixa de luz surgia no horizonte enevoado e cheio de prédios , o relógio sobre a parede do sofá marcava 5:53h da manhã . Fiquei perambulando pelo centro da cidade por toda a noite , minha mente estava vazia e em choque , somente o movimento continuo das minhas pernas me mantinha andando , eu era quase um zumbi sentado no banco da praça da Sé e caminhando pela Av. Paulista .


Os abraços tranquilizadores deles me despertaram e eu passei a ficar em um estado de eterna carência e desanimo desde então .


O relacionamento deles deslanchou de uma forma surpreendentemente saudável e natural , como eu e Duda jamais fomos . Era uma puro , mas com muito tesão e isso era até engraçado . Agora eu passava muito menos tempo no apartamento , dando privacidade aos dois , mais um auto-sacrifício que Leco julgava desnecessário , mas eu sabia que se ficasse no apartamento eu iria incomodar .


Comecei a fazer academia , era algo que me fria bem e ainda ocuparia meu tempo livre fora do apartamento . Devia admitir , ficar ouvindo os gemidos de Leco e Duda era insuportável , então tentava evita-lo ao máximo .


Na academia conheci Tilo (Telônios) e Meg (Melissa) , dois loucos muito animados que conseguiam manter meu humor instável e um sorriso simples no meu rosto . Pra mim era suficiente , mas mesmo assim não conseguia deixar de me sentir uma vela nas ficadas eventuais dos dois , era um pouco irritante ver os casais desse jeito , me sentia como se fosse o único solteiro da face da terra e digamos que isso também não ajudava muito .


Era como andar com um castiçal dentro da mochila , e que meus cabelos fossem feitos de palitos de fósforo , eu simplesmente era sempre uma vela e nunca o iluminado . Eu pensava comigo mesmo coisas do tipo : "eu sou tão chato e deprimente que nenhuma garota gostaria de ficar comigo" ou "eu simplesmente não era interessante o suficiente" .


Eu percebia que a cada dia estava mais desanimado , mais cansado , mais magro e mais pálido . A minha volta , tudo começava a perder um pouco da cor e era como se eu estivesse vivendo no piloto automático , fazendo tudo e qualquer cosia por obrigação e até mesmo respirar se tornava uma tarefa difícil .


Eu tinha raiva de me olhar no espelho e ver a pessoa na qual estava me tornando e não fazer nada para mudar aquilo , e o pior , era Natal .


O Natal era uma época que me perturbava muito , pois todos estavam felizes , comemorando com suas famílias enquanto eu normalmente ficava sozinho . Não queria passar o natal com a minha mãe e muito menos com meu pai . E essa era um história que eu não quero explicar . Só tem muito a ver com o modo de como eu saí de casa e de como eu passei a maior parte da minha adolescência , só não foi das melhores e é só isso que tenho a dizer .


Naquele ano Leco ia para casa dos pais , no outro lado da cidade , e Duda passaria lá depois de passar a véspera na casa de sua mãe no interior . Leco havia me convidado para ir à casa da mãe dele , mas recusei , não queria me sentir um peso . Ele já estava levando a namorada , iria levar mais um amigo também ? Seria irritante e pior do que fica em casa sozinho , então eu recusei .


Duda saiu na tarde do dia 23 de Dezembro , seus pais não moravam muito longe da capital e seria fácil voltar para o almoço do dia 25 na casa de Leco . Eu fui ao mercado , e comprei uma lasanha pronta , uma pizza pronta e minichickens , coisas simples que eu pudesse fazer somente colocando no microondas ou no forno .


Leco saiu dia 25 , de manhã levando uma bolsa de presentes para seus sobrinhos , irmão , pais e etc . Eu fiquei , assistindo so especiais de natal da tevê , eram todos muito chatos e realmente mal feitos , era o tipo de coisa que ficava passando enquanto as famílias conversavam alegremente sentados no sofá e as crianças brincavam com os brinquedos que haviam ganhado na noite anterior .


Sentei no sofá , com um prato de minichickens sobre meu peito , e fiquei assistindo àqueles programas deprimentes . As lágrimas brotaram de meus olhos sem motivo aparente , simplesmente meu peito estava aperado de mais para suportar aquilo tudo , eu precisava liberar aquilo .


Um nó se formou na minha garganta eu levantei e andei até a varanda , para tomar um pouco de ar , me surpreendi ao ver o escuro tom de azul do céu , eu não percebi que havia anoitecido , e mal percebi que já eram 11:30 da noite , daqui a meia hora seria dia 26 e toda aquela histeria de vermelho e verde seria retirada das ruas para dar lugar ao branco do ano novo , mas isso não ajudou . Parecia que meus pulmões não tinham vontade de trabalhar e o ar ficava cada vez mais pesado eu me peito , aquilo não era normal . me sentei no sofá e sala começou a girar a minha volta e eu me debrucei sobre o sofá .


De repente o som da tevê ficou baixo e parecia que meu corpo vibrava de frio . A única cosia que eu ouvia era meu batimento cardíaco (ou pelo menos o que eu imaginava que fosse) , ele batia fraco e devagar , como se não tivesse mais vontade de bater , como se a única coisa que o mantinha batendo era ... na verdade nada o mantinha batendo , então ele foi desacelerando . As batidas eram baixas e roucas , e o som soava como as ultimas batidas do meu relógio e tudo começou a se tornar mais escuro e fora de foco . Eu não sentia dor , e agora o frio começava a desaparecer , talvez morrer não fosse tão ruim , talvez morrer fosse algo melhor do que continuar vivendo daquele jeito . A porta foi aberta com força , e Leco se precipitou com violência na sala , ele gritava desesperado , mas eu não ouvia seus apelos . Eu ouvi um leve sussurro dele em meus ouvidos "Vico ! Acorda Vico ! Viccooooo!" , haviam lágrimas em seus olhos , mas eu não entendia porque , eu estava me sentindo bem agora , estava me sentindo livre, e meus olhos se fecharam .


Acordei , não tinha muito certeza de quanto tempo depois , em um quarto muito branco e claro . Leco estava sentado em um sofá , com o rosto entre as mãos e murmurando algo que parecia uma oração . Tentei murmurar algo , mas minha garganta estava muito seca e não saiu mais do que um gemido , havia algo preso em meu pulso e tentei levanta-lo para ver , mas minha visão ainda estava embaçada de mais . Leco levantou com surpresa e veio até a minha cama (ou aonde fosse que eu estivesse deitado) .


— Como se sente ? — Perguntou ele , agora minha visão estava mais clara e eu podia ver seus olhos inchados .


— Quando eu voltar a sentir alguma coisa eu te digo — ele riu .


— Nem quando passa por um experiência de quase morte você perde esse seu humor mórbido né Vico — Disse ele com um sorriso de alivio no rosto — E aí , chegou a ver o outro lado ?


— Não , alguém me chamou antes de eu abrir os portões dourados — ele riu novamente , ver o sorriso dele me fazia melhor , realmente , me fazia melhor .


— Duda foi buscar um café — disse ele , ele parecia estar respirando fundo , como e tivesse fica sem respirar direito por muito tempo — você ficou a madrugada toda desacordado .


— Que horas são — perguntei tentando levantar a cabeça .


— Nananão — repreendeu ele empurrando minha cabeça de volta no travesseiro — São 8:30 — respondeu ele a minha pergunta inicial .


— Dia 26 ?


— Aham , dia 26 de dezembro — Respondeu ele para minha alegria .


Agora meu peito estava aliviado , e eu estava aberto para um novo sentimento , agora , esse sentimento é de felicidade .

Noites de inverno - Explicações Desnecessárias (4)

Explicações Desnecessárias 

Não tinha tanta razão quanto pensava , o frio dentro do ônibus era quase igual ao do frio que fazia do lado de fora . Entramos , ainda de mãos dadas (um simples toque que fazia os pelos da minha nuca se arrepiarem) no ônibus bissanfonado. Ela passou a catraca primeiro , seu bilhete ainda conservava a capinha rosa com adesivos que ela colara . Passei logo depois e nos sentamos em assentos mais ao fundo , olhei em seus olhos azuis e senti minha cabeça rodar por alguns segundos , Ainda parecia loucura ela estar alí , eu queria somente beija-la e esquecer que o mundo existia . Peguei seu queixo com a mão direita e toquei meus lábios nos dela mais uma vez , era simplesmente indescritível .



Olhei para ela enquanto o ônibus começava a andar , e então percebi que não havíamos trocado uma única palavra , resolvi começar para quebrar o gelo :


— Oi — eu disse abafando uma leve risada . Por mais que os beijos fossem tão naturais , falar com ela depois de quatro meses ainda parecia irreal .


— Oi — disse ela totalmente sem saber o que dizer depois disso .


Ficamos nos olhando por alguns minutos enquanto o ônibus andava pela cidade , eu não fazia a mínima idéia de como eu iria perguntar aquilo , tinha medo de parecer insensível ou que não queria que ela estivesse alí comigo . Abri a boca algumas vezes emitindo silabas como "porrr?" , "parrr?" , "ehhhhh?" até que ela olhou para nossas mãos frias que estavam unidas em um nó sobre nossas bolsas . Ela se adiantou e disse.


— Você está querendo perguntar por que eu voltei mais cedo não é ? — o sorriso que eu sentia em seus lábios quando os beijava sumiu com essa pergunta , agora ela estava séria .


— Sim — respondi sem coragem para encara-la — desculpe pela pergunta insensível .


— Não é insensível — disse ela ainda olhando para nossas mãos , agora eu também olhava para elas — é exatamente o que eu preciso dizer .


— Mas uma coisa que não precisa me dizer agora — senti a parte de Leco em mim naquela hora , quando eu entrara em colapso , fora exatamente o que ele disse quando eu tentei explicar .


— Mas eu quero Vico , eu Quero dizer tudo o que aconteceu lá em Londres , tudo que se passou na minha cabeça quando eu estava lá . Tudo que me deu vontade de dizer a você sem conseguir , eu precisava voltar .


Houve uma pausa em suas explicações , parecia que ela queria pensar no que dizer , pensando no jeito certo de dizer o que estava sentindo e isso era uma parte minha nela , sempre tive dificuldade de me expressar , e desde que a conheci ela também ficara um pouco mais assim (ou talvez seu sentimentos tivessem se embaralhado mais do que ela pudesse explicar simplesmente) .


— Depois de te ver no aeroporto antes de embarcar ... E a saudade que eu tinha de todos aqui ... Saber que tudo aquilo que você fez por mim e o jeito que eu joguei tudo para o alto — ela parecia não saber por onde começar e eu podia sentir a pressão emocional sobre ela . Soltei minhas mãos das dela fazendo ela levantar a cabeça para olhar para mim , me surpreendi ao ver que haviam lágrimas em seus rosto , aquilo era mais do que eu poderia ver . Passei meu braço direito por ela , colocando em seu braço direito e a puxei afagando-a em meu peito macio de tantas blusas .


— Para encurtar a história — continuou ela — Quando eu vi um homem beijar um mulher e o ouvir dizer "vai ficar tudo bem" enquanto ela chorava , eu não aguentei mais , eu precisava voltar . Londres não era minha casa , fui para lá achando que acharia meu lar lá mas , percebi que meu lar sempre estivera aqui , sempre estivera tão perto .


Ela não precisava dizer mais nada , era tudo o que eu precisava ouvir . Saber que eu podia oferecer o que ela precisava era o que eu tentava fazer desde que a conheci , ou antes , quando me interessei por ela (pela beleza dela) . A conheci no estágio , do mesmo jeito que conheci Leco , a única diferença , foi que falar com ela fora muito mais difícil do que Falar com Leco , admito , mas nunca tive muito jeito com garotas . Eu sempre tropeçava , gaguejava , falava besteira ou algo do tipo , e foi exatamente assim quando eu a conheci.


Era um dia nublado e chuvoso , mas não estava muito frio pois o calor estava abafado na atmosfera carregada de nuvens . Naquele dia Leco havia falta no estágio , ele fora ao médico fazer uma consulta de rotina e o dia estava sendo insuportável .


Ficar naquela sala sem Leco era insuportável , eu não fazia idéia de como era ruim ficar ali sozinho , vendo o professor sentado em sua cadeira corrigindo as provas e os outros estagiarios conversando com seus colegas enquanto eu permanecia sozinho e calado como um estatua , como se eu estivesse invisível , como se eu não existisse . Era exatamente assim que eu me sentia antes de conhece-lo , como se não existisse . Meu peito era oco e vazio , minhas mãe eram frias (ainda são frias) e meu rosto estava engessado em uma mascara inexpressiva , meu coração batia fraco como se estivesse tentando poupar energia , minha respiração era descompassada e as horas passavam como dia . Depois daquele ano eu me sentia como quatro anos mais velho ... Ou talvez mais . Leco era um amigo e uma companhia constante para mim , era como um Band Aid em um machucado , me distraia e me colocava para cima com seu sorriso sempre aberto e simpático , era impossível continua triste perto dele , e isso que eu gostava tanto .


O horário da aula estava finalmente acabando e o trabalho iria começar a qualquer minuto . Era muito cansativo o trabalho doa estagiarios na empresa , mas , pelo menos eu teria algo em que me concentrar .


O professor não dizia nada quando acabava a aula , simplesmente se levantava e abria a porta (um sinal um tanto agressivo para dizer "caiam fora da minha sala") . Nós saiamos da sala e nos direcionávamo para os diferentes departamentos nos quais estagiávamos . Ao contrário do que muitos pensavam , nos não estagiávamos na área que queríamos seguir a principio , isso só acontecia no quarto semestre de estágio.


Segui para meu departamento (almoxarifado) com Roberto , um outro estagiário alto , corpulento e um tanto bobo e desastrado . Entrei na sala e coloquei minha bolsa sobre a mesa do computador que arquivava as entradas e saídas de material de escritório , me espreguicei e olhei em volta . Fui até o quadro de avisos para ver o que eu teria que fazer naquele dia . Não era muita coisa , eu deveria arrumar as entregas de folhas de sufite e das canetas personalizadas da empresa (que eu realmente odiava) . Voltei para a mesa e notei que havia uma outra bolsa além da minha e a de Roberto (que estava apoiada no pé da mesa) , era uma mochila transversal preta com detalhes em pratas e com os cordões dos zipers cor de rosa .


Roberto entrou na sala de repente me assustando , eu nem o havia visto sair . ele pegou a mochila e voltou para a porta .


— Aonde você vai ? — perguntei para ele antes que ele saísse da sala .


— Fui transferido de departamento cara — disse ele virando-se e andando de costas em direção a porta — fiquei aí comendo puer... — Ele parou de falar quando trombou com uma moça que estava entrando na sala . Ele ficou parado , ou quase congelado com algo , não entendi de imediato , só entendi quando ele saio da fente dela pedido-lhe desculpas e eu pude ver (e me deslumbrar) com a beleza dela , seus cabelos castanho claro escorriam lisos até um pouco abaixo dos ombros , a pele era clara e tinha o aspecto de ser feita de uma espécie de mármore macio , seus olhos eram azuis e de uma profundidade incomparável , eu estava simplesmente estasiado com a beleza dela .


Ela olhou para mim , provavelmente porque eu estava quase babando (e me senti muito idiota por isso depois) , ela tinha um olhar doce e incrivelmente inteligente , quase superior , por um momento pensei que talvez ela não fosse humana .


— Oi — disse ela , era simpática, mas tinha timidez na sua voz . Isso me despertou do transe.


— Oi — disse meio abobado levantando a mão em um quase aceno — tudo bem ?


— Tudo — disse ela meio despreocupada passando por mim e se embrenhando entre as prateleiras sem me dar qualquer tipo de atenção . Isso era o suficiente , desistir de fazer contato , me sentia muito inseguro sem alguém por perto para me dar apoio moral , nos ultimos tempo , esse apoio era Leco .


Voltei a mesa , e fiz o que tinha que fazer , arrumei as caixas de folhas de sufite e canetas em meia hora e me sentei diante do computar em busca de algo para fazer . Na falta disso , peguei em minha bolsa o livro "Olhais os Lírios do Campo" e comecei a ler . alguns minutos depois uma arfada me assustou quando e bela garota se precipitou para mim e ficou olhando a capa do livro . Tentando não ser ignorante olhei para ela tentando entender o que estava acontecendo .


— Eu estou lendo esse livro também — disse ela , a voz dela era animada e muito descontraída agora .


— E esta gostando ? — perguntei , eram uma oportunidade perfeita para puxar assunto com ela .


— estou adorando . Em qual parte você está ? — perguntou ela , eu estava realmente gostando daquilo .


— Estou na parte que o Eugênio chega no hospital , mas é tarde mais e Olívia já está morta — eu disse para ela .


A tristeza cobriu seu rosto e eu tentei entender porquê , depois de alguns segundos decidi perguntar .


— Porque ficou triste ?


— Porque eu queria que ele chegasse a tempo — disse ela . Dei um sorriso suave para ela e tive um movimento involuntário : toquei seu queixo com carinho — Desculpa — pedi depois ficando um pouco vermelho .


— Não precisa se desculpar — disse ela me dando um selinho . Foi simplesmente incrível aquilo . Incrível .


Acordei-a dois postos antes do ponto em que deveríamos descer para chegar ao apartamento . Ele levando a cabeça com leveza e olhou para mim .


— Sonhei com o dia em que nos conhecemos — disse ela , em uma voz calma e baixa .


— Eu acho que eu também — disse com uma felicidade incrível subindo por meu pescoço , ela estava alí , para mim .


Subimos as escadas até o 5º andar , abri a porta e ele nos olhou do sofá . a pausa foi curta , mas pareceu uma eternidade , foi somente o tempo de eu ver Leco pulando do sofá e ver Verônica abraçando-o com muito entusiasmo . Nós éramos uma família de novo ,estávamos completos de novo .


— Vou alugar um filme — disse Leco pegando um casaco no braço do sofá e s chaves sobre a estante .


— Para que ? – perguntou Verônica .


— Para comemorarmos — disse ele com um largo sorriso no rosto .

Noites de Inverno - Romance (3)

Romance

Eu caminhava pela calçada na noite fria e escura de inverno e a solidão me acompanhava . Minha respiração se condensava no ar frio e o que eu mais queria naquele momento era entrar logo no ônibus (talvez dentro dele estivesse mais quente) . Virei a esquina e avistei o semi arco azul do ponto de ônibus e avistei algo mais que chamou minha atenção . Me aproximei um pouco mais , e quanto mais perto mais difícil de acreditar na cena se tornava . A silhueta do corpo feminino aumentava a pulsação de sangue em minhas veias , meus olhos podiam não acreditar mas meu coração já tinha certeza de que era ela . Seus cabelo castanho claro liso escorria para fora da touca e seus pescoço encoberto com o grosso cachecol vermelho que eu mesmo fizera e lhe dera . A expectativa se ser ela inflava meu coração sobre meu peito e minhas costelas não conseguia conter a minha euforia e nada mais importava , não importava porque ou para que ela estava alí , só importava que ela voltara. Me aproximei e ficamos frente a frente , os olhos azuis dela me hipnotizavam , parecia que eu ia me afogar neles . Nossas mãos se tocaram , as mãos dela estavam muito frias (mas não tão frias quanto as minhas) . A visão de seus rosto perfeito era quase uma ilusão para mim , eu devia estar sonhando ... Ou talvez estivesse morto , e no paraíso . As nossas respirações condensadas se misturavam no pequeno espaço entre nosso rostos . A emoção traspassou nossas faces e nosso lábios se tocaram , nossos rostos estavam frios mas o sentimento transbordava em quentes lágrimas (tanto as minhas quanto as dela) , o hálito dela era doce e refrescante , talvez por causa da bala de morango refrescante que ela adorava . Aquele beijo poderia durar para sempre , eu poderia morrer alí e me tornar um estátua de gelo com minha boca junto a dela , seria minha maior recompensa . Nossos lábios se separaram e nos abraçamos , o cheiro que vinha do seu cabelo era inebriante , ela não tinha noção de como senti falta daquele cheiro . O mundo poderia acabar alí que eu estaria satisfeito , abraçado a ela , ficaria alí para sempre . Tinha tantas perguntas , tinha tanto a dizer ... mas alí , só o silêncio nos bastava , deveria adiar o interrogatório . Afinal o ônibus encostara no ponto e com certeza estaria mais quente lá dentro .

Noites de Inverno - Band Aid (2)


 Band Aid

Acordei de manhã , eram por voltas das nove horas . Estava deita na minha cama , coberto com meu grosso cobertor de pelos . Demorei alguns segundos para entender e então o esclarecimento ecoou em minha cabeça que agora latejava , Leco havia me trazido para cama .


Olhei para o outro lado do quarto onde a cama de Leco estava perfeitamente arrumada como eu o ensinara a fazer . Levantei meio tonto e caminhei no caminho decorado (por não enxergava o chão realmente) até a cozinha onde Leco lavava o louça de seu café . Puxei um dos bancos que havia em baixo do balcão , sentei-me e joguei minha cabeça sobre meus braços apoiados no balcão .


Parecia que estava de ressaca .


— Bom dia Vico — disse ele em um tom de deboche .


— Só se for pra você — respondi com ignorância que não era freqüente minha . ele levou isso na brincadeira .


— Quer tomar café ? — perguntou ele . Ele estava evitando a pergunta , mas sua curiosidade (na falta de uma palavra mais apropriada) estava bem expressa em sua voz , estava vendo que eu teria que tocar no assunto .


— Primeiro só um pouco de água — respondi com a voz um pouco mais gentil . Eu realmente não queria tocar no assunto , ele teria que começar .


— O que aconteceu com você ontem Vico ? — perguntou ele me entregando o copo de vidro com água .


Fitei o copo de água pensando numa explicação plausível ... Não havia nenhuma .


— Eu ... eu acho que pirei — respondi ainda fitando o copo .


— Pirou ? — perguntou ele , não havia mais humor em sua voz , ele estava sério .


— É ... Pirei , entrei em colapso — era essa a palavra certa , COLAPSO — Eu entrei em pânico , tudo começou a girar a minha volta . Ou melhor , minha cabeça começou a rodar e eu já não sabia me controlar , estava tudo distorcido . — a descrença em sua face era pior do que eu imaginava . Continue .


— Pode até não acreditar em mim , mas foi realmente isso que ocorreu . — não tinha mais o que explicar .


Conhecer Leco fora de longe a melhor coisa que me aconteceu naquele ano turbulento e eu me lembro perfeitamente daquela tarde em que trombei (literalmente) com ele .


O dia estava quente e abafado , o céu estava azul com uma bela faixa de poluição no horizonte , o ar estava seco e áspero ressecando meus lábios e minha garganta . Eu vestia meu uniforme do estagio com uma blusa de moletom preta (que era meu uniforme pessoal) que usava , não para me proteger do frio , mas sim das pessoas , dos olhos delas , dos pensamentos delas que resvalavam de suas expressões mau humoradas em minha direção . Naquela época um olhar de alguém (que talvez nem estivesse realmente prestando , olhando e pensado algo de mim) era o suficiente para despedaçar minha alma . Era como um tiro de canhão abrindo meu peito e a blusa era meu único escudo , minha única proteção . O suor molhava minha testa mas eu não me importava — na verdade eu não me importava em sentir nada de ruim que pudesse me acontecer , a dor , tanto física quanto sentimental , era algo que eu já convivia , já era parte da minha rotina reprimir a minha raiva , meu ódio , minhas lágrimas — , eu somente continuava andando tentando me concentrar em meu caminho e não nas pessoas que olhavam para mim , inutilmente .


Eu estava apreçado pois não havia muito tempo para descansar na minha rotina — principalmente naquele dia em que eu não teria tempo nem para almoçar — . Avistei o pequeno café onde eu faria minha única refeição até as 6h . Atravessei a correndo e do mesmo jeito entrei pela porta de madeira de aspecto antigo do café trombando com força no rapaz que saía . O café que ele carregava caiu todo em sua camisa e a alça da minha bolsa arrebentou soltando toas as minhas anotações das aulas no chão .


Fiquei totalmente sem saber o que fazer , meu primeiro impulso foi abaixar e pegar os meus papeis do chão dizendo desculpa atrás de desculpas . ele se abaixou com um sorriso simpático no rosto e me ajudou a pegar meu papeis enquanto eu continuava a despejar minhas desculpa sobre ele . Ele continuava insistindo que estava tudo bem e que aquilo fora só um acidente e essa atitude me espantou um pouco — afinal , qualquer outro que estivesse naquele ritmo na cidade teria me xingado pelo menos quatro vezes antes de sair chutando a porta — e acabei sorrido também de surpresa . Ele pegou a minha ultima folha e me entregou já pegando guardanapos sobre a mesa com a outra mãe e passando sobre a mancha de café em sua blusa , eu lhe disse obriga e pude ouvir ele gritar de nada enquanto corria pela porta depois de olhar seu relógio de pulso , provavelmente estava atrasado para alguma coisa .


Peguei meu almoço (um salgado assado com recheio de frango e um suco de pêssego) , comi rápido e voltei para minha correria de sempre . atravesse dois quarteirões até chegar no prédio onde seria sorteado o meu estágio definitivo até eu poder escolher um estágio na área em que eu queria me especializar no terceiro semestre de estágio .


Subi os doze andares correndo escadas acima porque o elevador havia parado do vigésimo segundo andar (e quando cheguei no décimo segundo andar vi o elevador descendo) . Entrei na sala onde vários empregados passavam correndo com seus ternos bem passados e bem arrumados , mesmo vestidos como lordes ingleses ele agiam como animais para conseguirem uma pequena promoção alí , era algo que me assustava , mas mesmo assim eu queria sem um deles , eu queria ser diferente deles , provar que conseguiria fazer o mesmo sem usar métodos sórdidos , eu queria (como sempre) fazer a diferença .


Cheguei na mesa da secretárias que deveria me dizer em qual setor eu iria estagiar , ela parecia estar bem ocupada aparentemente pois haviam varias patas de documentos que ela provavelmente teria que entregar em vários setores diferente e o seu telefone não parava de tocar . Eu me aproximei meio receoso de que ela gritasse comigo e disse :


— Oi , é , eu sou o novo estagiário e... — Ela me interrompeu antes que pudesse terminar a frase e empurrou um papel na minha mãe aonde estava escrito 'almoxarifado - 11º andar , sala 04' . Depois disso ela não precisou dizer mais nada.


Fui direto a sala que o papel me indicava um andar abaixo . Corri um pouco pois já estavam uns quinze minutos atrasados mas achei com facilidade o almoxarifado .


O almoxarifado era bem amplo e tinha muita luz entrando pela janela . Prateleiras nas paredes abrigavam caixas com nomes dos materiais que guardavam escritos na lateral . Havia uma mesa grande no canto perto da janela com um computador que parecia ser bem antigo , mas deveria servir só para arquivar o que havia ali na sala então não era necessária muita tecnologia . Sobre a cadeira ao lado da mesa havia uma mochila que eu achava bem familiar , mas esqueci isso , um barulho me chamou atenção atrás de uma das estantes de material . Fui andando lentamente pra lá e para não ser surpreendido por algo resolvi surpreender , deu um pulo e um grito auto tipo "UAAA!" ao entrar no vão entre as duas prateleiras . Quem estava lá , não era ninguém mais que o cara em quem eu havia derrubado café , ele estava com um lenço na mãe e tentava limpar , pelo menos um pouco , da manhã de café da camisa azul (que era igual a minha . Não tinha prestado atenção na hora em que nos esbarramos , mas ele usava uma camisa igual a minha , era o uniforme do estágio) . relaxei na hora em que o vi , mas fiquei sem saber o que dizer , então disse o básico.


— Oi — foi o máximo que consegui dizer .


— Oi — adiantou-se ele estendendo a mão livre para mim — Leonidas , mas pode me chamar de Leco .


Foi o suficiente para mim . A simpatia dele já havia me conquistado , Leco era o amigo perfeito . E por isso eu devia um explicação a ele , porque ele nunca cobraria essa explicação de mim . Nunca .


— Colapso é a palavra que tem para mim Vico ? — perguntou ele , ainda muito sério .


— Acho que não tenho uma melhor para representar o que aconteceu .


Leco veio em minha direção e ficou em pé ao meu lado .


— Levanta Vico — mandou ele . Levantei sem maiores relutâncias .


Ele olhou fundo em meus olhos e naquele momento eu pensei que finalmente aconteceria , o momento pelo qual eu tanto temia , a ruptura de nossa amizade seria traçada naquele instante ?


Desde que Leco me conhecera e começara a conviver comigo eu vi a luz dele diminuir de intensidade pouco a pouco . Ele estava mais triste e menos simpático , sua personalidade gentil e ágil não mudara , mas seus rosto perdera o sorriso agradável de sempre , temia que fosse por minha causa , temia que ele não quisesse mais aqui , mas eu não o culparia por isso .


Ficamos em pé frente a frente por alguns segundos , mas que pareciam durar uma eternidade , meus pensamentos zuniam em minha cabeça , eu queria chorar , de novo , aquilo estava ficando freqüente de mais .


Leco era realmente o melhor amigo do mundo , pois ele não fez nada , simplesmente me abraçou . o abraço mais forte e quente eu já havia recebido , ele não só era um ótimo amigo mas também sabia exatamente o que eu precisava . Eu tinha uma feria e Leco era meu band aid , ele tinha o remédio certo para curar minhas dores . Ele era um complemente , uma parte que faltava em mim.


— Vamos alugar um filme ? — perguntei para ele , as lágrimas quente caiam de meus olhos , mas eu estava sorrindo , a sensação era de total amparo . E francamente , sem tabu nenhum , a sensação era de amor .


— Sim — respondeu ele sem pestanejar — mas primeiro tome o seu café — completou ele com o sorriso simpático que eu tanto gostava . Aquilo era uma amizade , mas o que exatamente era amizade ? .... " (continua)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Noites de inverno - Colapso (1)

Colapso

Saí com pressa daquele lugar inóspito e gostaria de nunca mais ter de volta a entrar nele ... impossível . Meu futuro estava alí , eu precisava ir , mas era somente uma obrigação .



Caminhei pela calçada com pressa , sortido em meus pensamentos , olhei a minha volta , vi os rostos das pessoas que passavam e perguntei "São pessoas ou robôs?" . Não ousavam olhar para os rostos uns dos outros , prendiam-se a olhar somente para baixo , ou para algo que os outros não viam , algo dentro de seus olhos . Olhar nos olhos aqui era quase uma ofensa , do mesmo jeito que um simples esbarrão era tratado com um soco . Era tudo tão frio , não a temperatura (de 9°C) e sim as pessoas , o frio não vinha doa r , vinha delas , aonde fora parar a cumplicidade , a companhia e o amor ? ... se perdera num caminho estreito chamado vida .


Cores era algo que não se via , principalmente nessa época do ano , era tudo tão mórbido , como um eterno inverno estavam todos de preto , roxo , azul escuro , verde escuro , vários tons de cores escuros ... cinza . Não havia branco , amarelo , vermelho , verde vivo (que se perdera até das árvores , as árvores estavam sem cor) . O tom da pele das pessoas também era acinzentado , tudo era acinzentado .


O nó na minha garganta começou a apertar enquanto eu andava por aquela calçada . Parecia estar andando na contra mão , todos vinham e minha direção , mas nenhum deles realmente me via , eu era invisível , todos alí eram invisíveis , para cada um deles , somente havia seus corpos na calçada , estavam todos sozinho em um aglomerado de pessoas , eram somente corpos , sem alma , sem vida .


As lágrimas (também cinzas sobre minha pele cinza) escorriam pelo meu rosto e tudo começou a correr mais rápido do que devia . As pessoas passavam correndo em passos curtos , a imagem estava sendo acelerada , ou eu diminuíra meu ritmo . Tentava gritar , a voz não saia , não conseguia passar do nó em minha garganta . Minha cabeça girava , então abracei com minhas mãos tentando coloca-la no lugar , então meu corpo tremeu com um choque frio descendo pela minha espinha . não me aguentava mais em pé , então deixei que meu corpo caísse sobre a calçada , e minha mochila se encostou na parede ... cinza . Á as lágrima eu poderia agradecer , minha cabeça estava sendo limpa , meus pensamentos estavam sendo limpos , mas meu corpo estava em estado de choque , não se mexia e nem sentia a chuva gelada que começava a cair do céu escuro .


O tempo poderia parar alí , não acreditava que estava fazendo aquilo no meu da rua , com todos olhando . "fodam-se os outros , quero que vão todos para o inferno" foi a frase que se passou pela minha cabeça . Eu realmente precisava daquilo .


Uma voz ecoou em minha mente , era uma voz quente (ou ao menos , me fazia sentir quente , abrigado) , era uma voz que eu podia confiar , eu tinha certeza . A voz me levantou e me tirou de chuva talvez com um guarda - chuva . Leco me apoio e me ajudou a andar por um caminho que eu não via , minha mente estava escura . Não me lembro o quanto precisamos andar , sós eu que quando dei por mim estávamos no apartamento que dividíamos . Ele tirou as duas blusas pesadas que eu estava vestindo , meus jeans e as calças finas de moleton que eu usava por baixo e me atirou na água quente do chuveiro ... Me deixou lá , por não sei quanto tempo .


Recobrei a consciência , levantei-me , me apoiando no boxe do banheiro e olhei pela janela , já estava realmente escuro lá fora , tratei de realmente tomar banho . Tirei a camiseta e a cueca , pequei o vidro de champô e esfreguei minha cabeça , depois passei a esponja com sabonete pelo meu corpo sem perceber , era quase algo programado . A água quente despertava meus sentidos , agora meu corpo estava quente de novo , estava me sentindo de novo , sentindo o toque da minha própria mão esfregando o sabonete liquido no meu ombro , eu estava voltando ao meu normal (se é que de dois anos para cá eu havia sido normal) , ou pelo menos estava voltando a um estado saciável .


Saí do chuveiro com a toalha enrolada na minha cintura e andei para o quarto . Entrei e fechei a porta , sentei-me na cama e olhei o guarda roupa . Vesti minha cueca e abri a segunda porta do guarda roupa , peguei um conjunto de moleton e vesti , coloquei um par de meias e saí do quarto . Realmente devia uma explicação a Leco , sabia que ele não me cobraria essa explicação , mas sabia que ele precisava dela . Andei pelo corredor , a luz e a TV da sala estavam ligadas , mas Leco não estava lá , devia estar na cozinha . Passei pela porta da cozinha (que na verdade era uma cortina de contas) e vi ele em pé ao lado da bancada , duas canecas estavam sobre ela , uma era minha . Sentei-me em um banco e peguei a minha caneca de chocolate quente que só ele sabia fazer .


— Não precisa me explicar agora — disse ele olhando para a caneca , ainda em pé.


— Sei que não preciso — respondi — mas também sei que devo , sei que precisa dessa explicação .


— Não agora — disse Leco .


Era realmente por isso que gostava de Leco , ele me entendia como ninguém , nunca encontraria alguém tão compreensivo como ele . Realmente Leco era meu melhor amigo . Ele deu dois tapinhas em minha costas , levantei e fomos os dois para sala . Havia um cobertor sobre o sofá , nos sentamos , e nos cobrimos com eles , estava passando um filme na TV , mas já estava na metade então não prestei atenção . Fechei os olhos e encostei minha cabeça no ombro de Leco , era reconfortante . Adormeci alí .

Capacidade de Sentir

Capacidade de sentir . Capacidade que nos torna , acima de tudo , humanos .

Capacidade que nos dá sensibilidade ao mundo exterior às nossas mentes , à nossos corpos .
Capacidade que nos torna fortes e a mesmo tempo fracos .
Capacidade que nos permite nos integrar aos outro e a seus sentimentos .
Capacidade que nos permite sonhar .
Mas sentir tem malefícios ???
Sim , claro , sentir nos torna sensíveis
a qualquer e todas as coisas ruins que acontecem a nossa volta ,
nos torna sensíveis a dores , dores da tristeza , de um amor não correspondido ,
uma depressão ou uma angustia .
Nos terna sensíveis aos sentimento dos outros , nos torna sensíveis
a o que os outros sentem ,
nos influenciando a sentir o mesmo . Afinal
quantas vezes já não ficaram estressados perto de uma
pessoa estressada .
Mas sentir tem benefícios ???
Sim , claro (também) .
Do mesmo jeito que nos torna sensíveis
às coisas ruins , também nos torna sensíveis
às coisas boas a nossa volta .
Nos faz sentir a luz de uma momento de alegria ,
amor , amizade , coragem , bom humor ,
euforia , confiança ou paz .
Nos torna sensíveis a alegria de
um amigo , a coragem de um desconhecido ,
a paz de um distante .
Sentir nos torna diferentes de todos os
outros seres vivos do planeta , não é a inteligência ,
e sim os sentimentos .
Um sentimento bom por alguém é capaz de iluminar
um dia todo , não com sol , mas com paz e alegria .
O poder de um pensamento está fora de qualquer parâmetro de imaginação
de muitas pessoas no planeta . Elas realizam coisas boas todos os dias ,
e com isso , sem perceberem ,
colocam um pouco mais de luz no mundo ,
ajudam para que cada vez menos pessoas
sintam o os malefícios da sensibilidade humana .
E isso é espetacular .
Sinta a felicidade tomar sua vida ,
e veja como qualquer situação ruim vai melhorar ,
escute uma musica alegre , veja uma comédia ,
até procure vídeos engraçados no Youtube ou qualquer outra
que lhe faça feliz .
Acredite , isso ajudará não só a você , mas também todos a sua volta .
Tente , vai ajudar .
Espero que tenham gostado , logo postarei mais sobre sentimentos .


tchau


obrigado pela visita em meu primeiro post no meu blog .