domingo, 11 de setembro de 2011

Discurso aos Ventos


Ao limite de minha esperança,
Eu padeço
E sobre o céu de retalhos que me compõem
Eu estou descalço e nu.

Resiliência, aquela pura e essencialmente infantil
Conheci somente em uma época da qual já não me recordo mais
A minha consciência é o que me sobra
Tão sóbria, tão chata... Não me satisfaz.

Se minha existência dependesse de memórias
Eu já não existiria a algumas décadas
Uma vez que nas minhas lembranças deturpadas
Nunca pude confiar.

Mas reanima-me – por incrível que pareça –
O fato de eu ainda poder sonhar
Alias, sonho com tal facilidade
Que talvez um sonho é o que eu venha a me tornar.

11 de Setembro - Setembro 2011

Agosto passou como um sopro. Sobre ele não tenho mais nada a declarar.

Meus tão desejados 15 anos se cumpriram tão quão o esperado, suprindo minhas expectativas com exatidão, mas não sem pesares, sem dores, sem tristezas... Esses são e eternamente serão inevitáveis, mas uma vez que os conhecemos, suas conseqüências são meras histórias.

O que me impressionou mesmo foi que neste ultimo ano, desde o ultimo setembro que eu não parei para pensar no quanto eu caminhei, no quando cresci, o quanto avancei. Também não parei para pensar no que deixei de fazer, nas coisas que eu poderia ter dito e não disse.

Setembro de 2010 agora me parece tão distante, me diferenciei de tal forma daquilo que eu era que agora não sei nem mensurar a mudança.

Mas ainda sou eu acima de tudo.

Quase tudo parece estar diferente, tudo parece ser diferente,a mas ao olhar novamente tudo parece infinitamente igual.

Setembro chegou novamente, mas este eu não terei a pretensão de chamar de meu, chamarei somente de Setembro, assim como ele deve ser.

#Setembro2011