sábado, 11 de setembro de 2010

11 de Setembro

Não tem como não pensar nessa data e lembrar-se de duas altas estruturas de concreto em chamas desabando no meio de uma metrópole em uma terça feira de 2001. Já fazem 9 anos, falta pouco mais de uma semana para eu completar 6 anos mas eu me dei conta algum anos depois, do que aquele atentado significou. Enquanto o ônibus andava no transito milagrosamente livre da Av. Teotônio Vilela na zona sul de São Paulo, eu pensei sobre os memoriais que deixei passando na TV quando saí. Me perguntei se aquilo haveria uma razão séria, uma razão que não fosse interpretada como uma insanidade ao olhar da sociedade comum, alguma coisa que realmente justificasse tamanha barbárie... Cheguei à conclusão que não. Não havia razão ou justificativa para aquilo, “Em nome da religião”, que religião é essa que aponta o puro ou o impuro, o merecedor e o desmerecedor de viver, isso não é religião, isso é ego humano, vontade de alcançar algo divino além de sua existência, é a elevação do desejo humano que acaba se tornando desumano.

Com isso também cheguei a conclusão de que qualquer julgamento, seja ele qual for, será injusto. Olhar uma pessoa na rua, e julgar se ela é “boa ou má” pelo jeito de andar, se vestir, de olhar, ou qualquer outra característica que salte os olhos seria um conceito pré-suposto, individualizando cada pessoa em seu mundinho de julgamento precipitados, onde todos têm defeitos, que deveriam ser da característica humana, mas não tratados como crimes imperdoáveis.

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Enquanto aqueles olhos, verdes e grandes, fitavam o nada, eu observava seu semblante pensativo emoldurando pelos cabelos cacheados, observei até que me distraí comigo mesmo e perder a linha do raciocínio, sem deixar de raciocinar por nem meio segundo. 

Coisas a Fazer: Pensar menos e Viver Mais.  

Boa Noite

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