segunda-feira, 16 de setembro de 2013

16ª dia - Setembro de 2013 (As Expectativas)

Fazendo uma comparação com o período que precedeu os meus 15 anos com os que precedem meus 18, a principal diferença que eu observo é a expectativa. Naquela época minhas expectativas era maiores que... maiores que... maiores que eu! Tudo era muito esperado. Aguardava pelos meus quinze anos como se eles fossem a porta para a vida (e de certa forma realmente foram). Espera uma espécie de emancipação, algo que me leva-se a um nível que na minha cabeça seria compatível com o que eu pensava, como o que eu queria.

Pra a minha sorte (ou talvez não), toda essa expectativa acabou se cumprindo, não do jeito que eu queria, mas se cumpriu. Passada toda a animação, todo  frenesi dessa realidade diferente (Falemos logo, comecei a trabalhar), tudo aos poucos foi se tornando mais descolorido, era exatamente o que eu havia e imagina, e ainda assim algo parecia estar faltando. Me dediquei, corri atrás de tudo que pudesse fazer de melhor. A rotina passou a me sufocar aos poucos, me sentia estagnado, aquilo era tudo?

Bem, as coisas mudaram, e começaram a acelerar. Minha rotina virou de novo e a palavra que era recorrente na minha boca era "SONO"! As horas de sono eram poucas e o trabalho era grande. Mas a relação com o que eu esperava não era a mesma dos meus quinze anos, na verdade nunca mais foi.

Estamos bem próximos do dia, o derradeiro momento em que se finca a bandeira e perante a lei, se é mais velho, nesse caso, se é maior de idade. Mas não carrego expectativas de que isso mude algo, que isso vá fazer a minha vida mudar de alguma forma. Como disse anteriormente, será só mais número, pois parando pra pensar, parece que envelheci bastante nesse meio tempo (não é a toa que já disse que eu tinha 26).

Mas enfim, pensar sobre como a expectativa foi decisiva para mim naquela época e agora não representa quase nada levanta perguntas sobre esse sentimento. A Expectativa. Como ela nos guia nos primeiros anos de vida, e como parece mudar mais adiante. Schopenhauer diria que ela a causadora de todas as mágoas e decepções. Nossa relação, nossa forma de lidar com a expectativa muda durante a vida? Ou é o caminho que nos ensina a talvez não confiar tanto nela? Schopenhauer está certo?

Bem ... Boa noite

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