terça-feira, 14 de maio de 2013


Arrebatou-me de surpresa toda a movimentação, não conseguia perceber de onde vinham ou como me seguravam, mas quando dei por mim dois sujeitos vestidos de preto já me seguravam um em cada braço. Sem exprimir qualquer força aparente eles conseguiam evitar toda tentativa minha de fugir, por mais que eu tentasse, empurrasse, pulasse ou forçasse, eu não conseguia escapar daqueles que me prendiam. Da penumbra surgiu o terceiro, igualmente vestido de preto, que avançou contra mim com o punho cerrado. Esforcei-me no limite de minhas forças, mas não me movi um centímetro e o punho acertou em cheio meu estomago. Minhas pernas tremeram e cederam com a dor que se espalhava, queimando todo o meu abdômen. Os outros dois me libertaram, como se seus braços sublimassem através dos meus, e os três seguiram novamente para a penumbra gargalhando, mas não sem antes olhar para trás e permitissem-me que visse seus rostos. A dor se atenuou sobre o impacto daquela imagem, nos rostos dos três tudo o que eu via era apenas o meu próprio...


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