Arrebatou-me de surpresa toda a movimentação, não conseguia
perceber de onde vinham ou como me seguravam, mas quando dei por mim dois
sujeitos vestidos de preto já me seguravam um em cada braço. Sem exprimir
qualquer força aparente eles conseguiam evitar toda tentativa minha de fugir,
por mais que eu tentasse, empurrasse, pulasse ou forçasse, eu não conseguia escapar
daqueles que me prendiam. Da penumbra surgiu o terceiro, igualmente vestido de
preto, que avançou contra mim com o punho cerrado. Esforcei-me no limite de
minhas forças, mas não me movi um centímetro e o punho acertou em cheio meu
estomago. Minhas pernas tremeram e cederam com a dor que se espalhava,
queimando todo o meu abdômen. Os outros dois me libertaram, como se seus braços
sublimassem através dos meus, e os três seguiram novamente para a penumbra
gargalhando, mas não sem antes olhar para trás e permitissem-me que visse seus
rostos. A dor se atenuou sobre o impacto daquela imagem, nos rostos dos três
tudo o que eu via era apenas o meu próprio...
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