quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo (Burried)

O suspense psicológico dirigido por Rodrigo Cortés tinha tudo para ser o suspense do ano, eletrizante, agonizante e profundamente perturbador. Pois é, TINHA.

O simples abandono de detalhes ou as contradições, tanto do enterrado quanto das pessoas que falam com ele que acontecem durante todo o filme são tristes e quase criminosas, como o celular milagroso que faz DDI sozinho e tem a melhor cobertura que existe sobre a face da terra – ou no subterrâneo no caso. Ou a bateria que era pra ser economizada, mas isso parece sumir da cabeça do personagem em lapsos de memória.

Uma péssima sucessão de fatos, um seqüestrador estúpido, um mocinho estúpido, agentes do governo estúpidos, bem... Um filme estúpido.

A atuação de Ryan Reynolds é impecável, impecavelmente péssima. O Desespero e raiva expressada pelo ator parecem mais birra de criança do que a de alguém que foi enterrado vivo. Você pode até tentar se imaginar na situação dele, mas NÃO DÁ, ele não convence nem um pouco.

O filme se desenrola de tal jeito, com todos ignorando ele no celular milagroso que você chega a perder o foco, e achar que tudo não passa de uma armação ou coisa do tipo, e ele não está enterrado coisa nenhuma (e seria até melhor se fosse assim).

São aplicados situações de perigo a mais no filme, talvez pra passar um desespero que realmente não seve. Até quando o ator tenta manter a calma ele não convence, deixando as pessoas na sala entediadas e sonolentas. O jeito pra passar a 1 hora e meia de filme (que mais parecem 3) é fazer piadinhas com as coisas idiotas que se vê na tela.

O estilo dogma apresentado, se ouvindo a respiração carregada do ator e observando a cena pela luz de um isqueiro, lanterna ou celular foi o único ponto forte em filme fraco.

Saímos da sessão com o que poderia ser uma história fantástica, entediados, arrependidos e frustrados. Com certeza encontraram algo melhor pra ver no cinema do que isso, até a animação MEGAMENTE vale. Nota 4 pela idéia.



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