Arrebatou-me de surpresa toda a movimentação, não conseguia
perceber de onde vinham ou como me seguravam, mas quando dei por mim dois
sujeitos vestidos de preto já me seguravam um em cada braço. Sem exprimir
qualquer força aparente eles conseguiam evitar toda tentativa minha de fugir,
por mais que eu tentasse, empurrasse, pulasse ou forçasse, eu não conseguia escapar
daqueles que me prendiam. Da penumbra surgiu o terceiro, igualmente vestido de
preto, que avançou contra mim com o punho cerrado. Esforcei-me no limite de
minhas forças, mas não me movi um centímetro e o punho acertou em cheio meu
estomago. Minhas pernas tremeram e cederam com a dor que se espalhava,
queimando todo o meu abdômen. Os outros dois me libertaram, como se seus braços
sublimassem através dos meus, e os três seguiram novamente para a penumbra
gargalhando, mas não sem antes olhar para trás e permitissem-me que visse seus
rostos. A dor se atenuou sobre o impacto daquela imagem, nos rostos dos três
tudo o que eu via era apenas o meu próprio...
terça-feira, 14 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
A Deriva
E eu,
Sempre tão bobo,
Sempre tão melancólico,
Não percebi o trem partir.
Não trouxe fogo, nem alimento
E o inverno sussurra em meu ouvido
a doce, porem fria, canção da noite.
sábado, 4 de maio de 2013
(Des)locado
Tire vontade de mudar,
Fui ao longe, fui além,
Mas deixei pedaços pra trás,
Pedaços que me chamam,
Gritam-me
Toda vez que minha mente viaja de volta.
Fui ao longe, fui além,
Mas deixei pedaços pra trás,
Pedaços que me chamam,
Gritam-me
Toda vez que minha mente viaja de volta.
Doe não olhar para trás,
Mas machuca mais ouvi-los gritando.
Mas machuca mais ouvi-los gritando.
– Volte, volte!
Mas já fui... Sem nunca ter partido.
Mas já fui... Sem nunca ter partido.
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